Aposentados 20/2/2013
14:23:8 » Por Richard Casal Atualizado em 20/2/2013 14:33h
SOB PROTESTO DE IVAN
VALENTE, "MALDITA DESONERAÇÃO" AVANÇA A PASSOS LARGOS.
Hoje
foi aprovado texto-base da MP que desonera folha de pagamento de diversos
setores
A Câmara dos Deputados acaba
de jogar mais uma pá de terra para soterrar de vez a Previdência Social. Em
acordo de última hora, o Plenário aprovou hoje em votação simbólica a Medida
Provisória 582/12, que amplia a desoneração da folha de pagamentos. A medida
foi aprovada na forma do projeto de lei de conversão do relator, deputado
Marcelo Castro (PMDB-PI). O relator ampliou o número de setores beneficiados
pela desoneração. A MP integra o Plano Brasil Maior (de incentivo à indústria).
Entre os incluídos pelo
deputado estão empresas de assistência à saúde no atendimento hospitalar;
fabricantes de armas; serviços de táxi aéreo e transporte metroviário,
ferroviário e rodoviário de passageiros; empresas de prestação de serviços de
infraestrutura aeroportuária; bombas, granadas e outros equipamentos militares;
indústrias que utilizarem resíduos sólidos na fabricação dos produtos.
O acordo feito pelo líder do
governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e os partidos de oposição prevê a
retirada do artigo 22 do projeto de conversão. Esse artigo revoga a
obrigatoriedade do critério de melhor técnica e menor preço nas contratações
integradas das licitações de obras e serviços de engenharia no âmbito desse
regime de contratações. Essa obrigatoriedade está contida no artigo 9º da Lei
12.462/11, que instituiu o RDC.
Ao defender a aprovação, o
relator afirmou que a MP “é uma medida do bem porque estimula a economia”.
Todas as alterações que fez visa á desoneração, a facilitação, a redução do
“custo Brasil”, o aumento do emprego e da competitividade e tornar o País mais
competitivo na economia globalizada.
Ele ressaltou a emenda que
aumenta de R$ 48 milhões para R$ 72 milhões do limite para enquadramento de
empresas no sistema de tributação por lucro presumido (em vez do lucro real).
Ele disse que esse aumento representa a atualização do limite, que foi fixado
em 2002.
CORAJOSO - O único a
discursar contra a medida foi o líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), que
defendeu a retirada de pauta da MP, afirmando que ela beneficia grandes
multinacionais, a indústria de armamentos e poderosas empresas de comunicação.
A COBAP aplaude a atitude
deste parlamentar, pois também está consciente que as desonerações irão afundar
futuramente a Previdência Social, que "teoricamente" é um patrimônio
dos aposentados brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário