quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

95/105 É PIOR QUE O FATOR.



Aposentados 21/2/2013 8:13:40 » Por Richard Casal Atualizado em 21/2/2013 8:15h
 
Para COBAP, fórmula 95/105 é pior que fator previdenciário.

Senador Paulo Paim também condena proposta do governo

Pressionado de todos os lados, o Governo Federal prepara projeto de lei para substituir o fator previdenciário por uma soma entre a idade e o tempo de contribuição que deve ter resultado de 95 anos para mulheres e 105 anos para homens, a chamada fórmula 95/105.
“Oficialmente ainda não foi apresentado nada, mas essa proposta é inaceitável”, disse o senador Paulo Paim, ao lembrar que as centrais sindicais resistiram muito a aceitar a ideia anterior, que tem o mesmo raciocínio, mas fixa as somas em 85 para mulheres e 95 para os homens. A fórmula 85/95 surgiu ainda no governo Lula e é aplicada aos servidores públicos, porém só recebeu a concordância dos sindicalistas no governo Dilma e, desde então, aguarda votação no Congresso. O projeto inicial é de autoria do deputado licenciado Pepe Vargas (PT) 
“Sempre digo que não há nada pior do que o fator previdenciário, mas essa fórmula 95/105 estende para mais de dez anos o período de contribuição e acaba sendo pior que o fator. Com esse cálculo, a pessoa só vai se aposentar com 70 anos. É inacreditável. Nesses termos não passa, ninguém vai sacrificar o trabalhador”, disse Paim.
Ele lembrou, ainda, que dados do próprio governo mostram que o Regime Geral da Previdência Urbana foi superavitário em R$ 25 bilhões no ano passado – justamente essa é a fatia afetada pelo fator previdenciário (um redutor do benefício, criado nos anos 1990 para estimular aposentadorias tardias).
Para Paim, “o governo joga espertamente” quando divulga que no ano passado o Regime Geral da Previdência Social foi deficitário em R$ 40,8 bilhões – uma vez que essa conta considera toda a Previdência Social, inclusive a aposentadoria paga ao trabalhador rural, que não contribui.
O presidente da COBAP, Warley Martins, classifica como "desastroso" o projeto da fórmula 95/105 e tem certeza que jamais será aprovado. Para ele, é vergonhoso um governo que se diz amigo dos trabalhadores estar jogando contra a própria categoria que constituiu suas bases no passado.
"Essa nova fórmula é ridícula. A maioria dos brasileiros iriam morrer muito antes de conseguirem suas aposentadorias. Somos terminantemente contra. Exigimos avanços e não retrocessos", disse Warley.

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